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sábado, 29 de dezembro de 2012

QUANDO CRIANÇAS E DINOSSAUROS SE ENCONTRAM: UMA EXPERIÊNCIA SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL NA CRECHE UFF

"Quem passasse por aquele pelo campo gramado próximo ao prédio da Educação Física do Campus do Gragoatá da Universidade Federal Fluminense, talvez não entendesse o que estava acontecendo. Estavam reunidos ali um grupo de crianças de aproximadamente 04 anos mais alguns adultos. Elas corriam para um lado e para o outro, brincavam de pegar umas às outras, em um determinado momento esticaram uma longa fita métrica e depois foram deitando ao lado dela, uma após outra, pareciam usar os seus corpos para medir algo, para calcular alguma extensão.

No âmbito de uma Universidade, não é comum observar-se crianças produzindo conhecimentos, talvez sequer observar-se a presença de crianças. Como a visão que temos hegemonizada é da criança como um sujeito pré-científico, parece no mínimo estranha a cena, já que se tratava de crianças construindo conhecimentos ativamente, colocando-se como sujeitos do/no diálogo com adultos, mediados pelos problemas e utilizando ferramentas cognitivas, nesse caso além das fitas métricas, seus próprios corpos.

Para compreender o que estava acontecendo ali, faz-se necessário recuar no tempo alguns dias e situar-se num outro local diferente desse. Esse local é a creche da Universidade Federal Fluminense, uma unidade de educação infantil, situada no mesmo campus descrito no parágrafo anterior, localizada na cidade de Niterói, cidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. (...)"

Essa é a introdução do texto "QUANDO CRIANÇAS E DINOSSAUROS SE ENCONTRAM: UMA EXPERIÊNCIA SÓCIO-HISTÓRICO-CULTURAL NA CRECHE UFF" de autoria de Jader Janer e Marissol Barenco. O artigo faz parte do livto "A teoria da atividade sócio-histórico-cultural e a escola: recriando realidades sociais", organizado por Fernanda Coelho Liberali, Elaine Mateus e Maria Cristina Damianovic (Pontes Editora, Campinas, 2012). É um relato de uma experiência ocorrida na Creche UFF com as crianças do Grupo 02, que tem entre 03 e 04 anos de idade,  a partir da teoria histórico-cultural (de Vigotski e seus colaboradores) discute-se a produção de conhecimentos por crianças pequenas, a significação conceitual e claro, as transformações na forma de ser e estar no mundo dos envolvidos nesse projeto.

É um ótimo relato para se refletir sobre os saberes que se constroem na Educação Infantil, sobre as diferentes pessoas envolvidas num trabalho como esse e as possibilidades da teoria, organizada pelo grupo de psicólogos soviéticos, ser aplicada na prática cotidiana.




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